Vítor Pereira promete para decorrer de época projecto-piloto de profissionalização do sector

O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LFPF) prometeu para o "decorrer desta época" o arranque do "projecto-piloto" de profissionalização do sector, apenas com algumas equipas de árbitros.
Vítor Pereira, no final de um encontro de esclarecimento e auscultação de sensibilidades junto dos treinadores das duas ligas profissionais, explicou que o projecto-piloto será semelhante ao sistema de profissionalização da arbitragem e esclareceu que o método a instituir será em regime de part-time.
"Ainda no decorrer desta época, será criado o projecto-piloto, com um conjunto de trios de árbitros, ainda a decidir o número. Será em tudo semelhante a um sistema de profissionalização, com os árbitros a poderem ter uma segunda actividade, desde que a arbitragem seja prioritária", disse.
O presidente da CA da LPFP revelou que quatro, seis ou oito trios de arbitragem serão testados neste projecto-piloto, que incluirá um esquema de treinos no período da tarde.
O dirigente, após a reunião com cerca de duas horas e à qual compareceram menos de metade dos treinadores ou seus representantes dos 32 clubes envolvidos (FC Porto, Sporting, Vitória de Guimarães e Sporting de Braga foram alguns dos ausentes) revelou também que no inquérito feito no final da temporada passada o grau de satisfação dos inquiridos (equipas técnicas e direcções de clubes) foi de 67 a 70 por cento.
Apesar do grau de satisfação revelado pelo inquérito, Vítor Pereira afirmou que os treinadores lamentaram alguma falta de uniformidade nos critérios, de árbitro para árbitro, e pediu às equipas "mais fluidez de jogo e menos faltas".
"Gostaríamos que houvesse mais protecção ao artista do jogo e que haja maior rigor na análise ao jogo violento. Nós queremos grandes jogadas e grandes jogadores. A nossa intenção é proteger o artista do jogo violento", acrescentou.
Vítor Pereira recordou ainda que 10 dos 25 árbitros que vão ajuizar o futebol português este ano são inexperientes, enquanto os outros 15 praticamente já estiveram presentes em 200 jogos da Liga principal.
"São 25 árbitros, com experiências, personalidades e sensibilidades diferentes. Por isso a dificuldade em atingir total uniformidade nos critérios. Este ano, com um clima mais sereno, vamos ter três ou quatro árbitros que nunca apitaram na Liga principal e 10 desses 25 apenas fizeram menos de 10 jogos".
O início "efervescente" do campeonato, com os três grandes a defrontarem nas primeiras cinco jornadas também foi abordado por Vítor Pereira, que considerou que os árbitros estão preparados, tanto física, como teoricamente.
O presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, José Pereira, que também marcou lugar na reunião, congratulou-se com a iniciativa e salientou também que a maioria das queixas dos seus associados se prendem com a uniformidade de critérios.

Fonte: Lusa

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