O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) frisou esta sexta-feira que a profissionalização dos árbitros e a introdução de novas tecnologias podem ajudar a diminuir os erros dos juízes em campo.
Fernando Gomes, que falava no decurso de um jantar no âmbito da primeira ação de aperfeiçoamento e avaliação dos árbitros e árbitros assistentes da primeira categoria nacional para 2010/11 a decorrer em Braga até domingo, defendeu, contudo, que a profissionalização dos árbitros tem que ser feita com o devido enquadramento legal.
"Na época passada já foram dados os primeiros passos nesse sentido junto de alguns árbitros, tendo-se verificado melhorias na disponibilidade, concentração, na preparação física e mental dos jogos", referiu.
Fernando Gomes revelou que a Liga gasta por ano 3,6 milhões de euros em ações de formação dos árbitros e que essa é uma aposta para continuar. "Queremos apostar forte na melhoria da qualidade, não para eliminar os erros, mas para os diminuir. Não há ninguém perfeito e é perfeitamente natural que algumas decisões tomadas em frações de segundo não sejam bem sucedidas", notou.
Por isso, o recurso às novas tecnologias é bem visto pelo novo presidente da Liga de clubes: "elas diminuem o erro e são úteis para a verdade desportiva no futebol. Os auriculares já foram introduzidos e estão em análise a implementação de outros meios auxiliares", disse.
O dirigente alertou ainda para a necessidade de serem travadas "algumas lutas" para a Liga não perder o estatuto de utilidade pública, o que seria "prejudicial para o futebol português".
Revelou ainda que será discutida brevemente em assembleia geral a adequação dos estatutos ao novo regime jurídico das federações desportivas, nomeadamente o setor da arbitragem para poder ser integrado na Federação Portuguesa de Futebol.
Fonte: Record
Comentários