Árbitros dos campeonatos não profissionais contestam novo código da Segurança Social. Árbitros da Liga podem juntar-se à luta



Em causa, uma série de obrigações fiscais a que estão sujeitos os árbitros dos escalões jovens e distritais (idade entre os 15 e os 25 anos) e o pagamento, a partir do próximo ano, de 183 euros à Segurança Social (SS) - valor a liquidar por todos os árbitros independentemente do que recebam.

Um montante que os jovens juízes consideram desajustado da realidade, uma vez que recebem entre 7,5 e 10 euros por cada jogo que dirigem das camadas jovens. Este valor cresce para 25 euros caso se trate de um encontro dos distritais. Em média, um árbitro ganha anualmente 1000 euros . Além dos 183 euros para a SS, os árbitros pagam 21,5% de IRS.
Os dirigentes da arbitragem receiam que esta nova taxa tenha repercussões muito negativas, uma vez que afastará muitos jovens juízes da actividade. "Desde há quatro anos que há promessas governamentais para resolver a questão dos impostos, Segurança Social e Finanças com os árbitros dos campeonatos profissionais. O valor que estes árbitros terão que pagar face ao que recebem são incomportáveis e isso vai levar à desistência de muitos árbitros", salienta o ex-juiz internacional Paulo Paraty, lembrando que o futebol português tem uma necessidade de 8 mil árbitros e o actual universo é de 3500. "Com este panorama serão ainda menos", comenta Paraty, que acredita que os árbitros das Ligas profissionais se irão solidarizar com esta luta. E avisa: "Nessa altura todos os cenários são possíveis."

Fonte: DN

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