A FIFA quer sanções mais duras e uma nova mentalidade para pôr fim às
entradas violentas no futebol. A ideia é do belga Michel D`Hooghe, membro do
comité executivo e director do comité médico da instituição. «Este é o meu
desejo, de que toda brutalidade, que às vezes chega perto da criminalidade,
seja eliminada no interesse de nossos jogadores e de um bom jogo de futebol»,
disse D`Hooghe.
Um exemplo citado pelo dirigente foi o de Nigel de Jong, excluído da
selecção holandesa por ter lesionado um colega de profissão. «Se um jogador
acabar com a carreira de um colega, por que é que há-de voltar após 14 dias?
Acho que se deve punir estas jogadas muito severamente, o que significa uma
exclusão longa», afirmou o responsável.
D`Hooghe disse conhecer casos de jogadores que lesionam intencionalmente
outros atletas e que a FIFA deve pôr fim a esta prática. «Fiz uma compilação de
faltas com consequências graves nos últimosdois ou três anos nas mais
importantes competições no mundo. não me atrevia a apresentá-lo pois tirava o
vosso apetite. É terrível», mostrou-se chocado o dirigente.
Danny Murphy quer responsabilizar treinadores
Também o capitão do Fulham, Danny Murphy, abordou este assunto e diz que os
treinadores têm de assumir alguma responsabilidade pelas atitudes dos seus
jogadores. «O treinador diz aos jogadores o que devem fazer e como se comportar
em campo», disse Murphy. E acrescentou: «Os treinadores querem parar o
adversário a todo o custo. Até pode ser eficaz, mas já se sabe que vai haver
problemas.»
Murphy acredita que os jogadores não fazem de propósito para magoar os seus
colegas, no entanto, diz que os jogadores «precisam de mostrar mais
inteligência». Aponta o seu antigo treinador, Roy Hogdson, agora no Liverpool,
como exemplo a seguir e conclui: «Cada navio tem um capitão e é treinador é
igual em relação ao clube.»
Comentários