Conselho de Arbitragem 'desce' árbitros sem avaliação mínima



Árbitros dos quadros nacionais da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), dos sectores masculino e feminino da classe, foram despromovidos de categoria no final da época de 2009/2010 sem que tenham sido cumpridos os requisitos mínimos para essa avaliação.
Segundo as informações recolhidas pelo DN junto das fontes contactadas, os juízes em causa não possuíam os elementos necessários por forma a que pudessem ser avaliados e classificados pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Tais como provas de avaliação ou observação em campo ou testes físicos e escritos, condições mínimas necessárias à avaliação final e indispensáveis para que as entidades competentes possam proceder à respectiva avaliação e também classificação dos árbitros.
Em causa, e de acordo com os dados que foram apurados pelo DN junto das fontes contactadas, o facto de alguns destes árbitros (sector masculino) se terem lesionado ao serviço da FPF e em pleno exercício da actividade. As lesões, nestes casos em concreto, estariam devidamente comprovadas e identificadas por documentos e relatórios médicos das respectivas seguradoras, que confirmavam, de resto, as já mencionadas lesões e traumatismos de vária ordem.
No que diz respeito aos árbitros do sector feminino, algumas estavam com licença de maternidade e acabaram despromovidas de categoria pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Nestes casos específicos, não estavam igualmente reunidos os requisitos mínimos para que se pudesse levar a cabo a devida avaliação e ainda classificação dos árbitros em causa, pertencentes ao quadro feminino da Federação Portuguesa de Futebol.
Estes casos remontam à temporada de 2009/2010. O anterior Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol teve estes processos, desencadeados pelos árbitros em xeque, pendentes durante mais de dois meses.
Segundo as informações recolhidas pelo DN junto das fontes contactadas, os árbitros tiveram apenas três dias para apresentar os respectivos recursos. Numa altura em que estão praticamente decorridos seis meses após o início da temporada de 2010/2011, continuam sem ser tomadas decisões relativamente aos recursos.
De acordo com outros dados obtidos pelo DN, estará já no presente a ser exercida alguma "pressão" junto do actual Conselho de Justiça da FPF para que não se- ja dada razão aos árbitros envol-vidos.
Contactado pelo DN há já alguns dias, Carlos Esteves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, desmentiu a situação e recusou-se a prestar quaisquer comentários sobre o assunto.

Fonte: DN

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