Conheça a história do homem que revolucionou a arbitragem mundial

O árbitro Italiano Pierluigi Collina nasceu em Bolonha, no dia 13 de Fevereiro de 1960. De acordo com a Fifa é o melhor árbitro de todos os tempos incontestavelmente. Fez a sua estréia oficial, na principal liga italiana de futebol, no dia 15 de Dezembro de 1991, na partida entre Verona e Ascoli. Em 1995, Collina já havia apitado 43 jogos na elite do futebol Italiano e em função disso, o juiz foi promovido ao quadro Fifa. No auge da carreira, Pierluigi apitou a final da Copa do Mundo em 2002, realizada na Coréia do Sul e no Japão, onde o Brasil conquistou o pentacampeonato.
Collina foi considerado o melhor árbitro de futebol do mundo durante cinco anos seguidos, de 1998 a 2003. O primeiro contato com o futebol deu-se como jogador, ainda na infância, num pequeno clube de Bolonha chamado: Don Orione, pertencente à uma igreja local. Pierluigi Collina jogou poucas vezes na condição de titular, situação que se manteve quando passou a representar aos 15 anos, o Pallavicini, também de Bolonha, onde atuava como meio-campo. Enquanto jogador destacou-se por ser expulso freqüentemente nos jogos, no entanto, uma lesão grave o impediu de continuar jogando futebol. Para os italianos Collina é um símbolo nacional, é reconhecido e respeitado tanto ou mais que os principais jogadores do seu país.
Pierluigi chegou ao topo de sua carreira, quando foi designado pela Fifa para apitar a final da Copa do Mundo de 2002 na Alemanha. Tido como um dos melhores e mais bem preparados apitadores do planeta, o carequinha simpático em entrevista ao Voz do Apito, afirmou que o preparo do árbitro é fundamental antes de uma competição desse nível: “ - A pressão é enorme e as cobranças também. Não existe nenhum segredo, apenas o óbvio. Treine e dedique-se”. – Disse.
“O árbitro de futebol não pode parar no tempo”
Pierluigi Collina.

O Italiano é totalmente a favor da tecnologia no futebol. Indagado sobre esse tema, Collina disse que muitos comentaristas ao término dos jogos, criticam o árbitro ao extremo e com o uso da tecnologia, tudo poderia ser diferente: “ - Imagine um motorista que dirige um ônibus velho, e ao longo dos anos, passa dirigir um ônibus novo, com certeza seu desempenho profissional seria melhor. Mesma coisa um médico que antes operava com equipamentos desgastados e nos dias atuais, utiliza novos aparelhos. O futebol está cada vez mais moderno e o árbitro de futebol não pode parar no tempo”. Concluiu.
A idéia que surgiu no Rio de Janeiro será seguida pela Uefa em 2012 na Eurocopa. Segundo Pierluigi, a utilização dos cinco árbitros no campo de jogo é necessária, porém, deve passar por alguns ajustes: “- Gosto disso e já solicitei que a Uefa faça um pedido à International Football Association Board (Ifab), para colocarmos em prática na Euro 2012. Certamente é um exemplo a ser seguido.” – Destacou.
Um tema um pouco delicado tomou conta de nosso bate papo. Ao tocar no assunto sobre a proteção policial que o ex-árbitro recebe do governo local, Collina foi categórico: “ - Vivi a vida toda no futebol. Infelizmente existem pessoas que agem dessa forma. Fui ameaçado e percebi que minha integridade física estava em risco, por isso, desde 2007, ando 24 horas com proteção policial.
Poucos sabem, mas Collina sofre de uma doença chamada alopecia, que causa a queda de todos os pelos do corpo. Perguntado sobre isso, arregalando seus olhos azuis o árbitro apenas disse: “- Não me sinto diferente de ninguém. Vivo normalmente e graças a alopecia, não preciso comprar barbeadores”. Brincou.
Logo após a entrevista, Pierluigi mandou um grande abraço a todos os brasileiros e deixou um recado para os novos talentos na arbitragem:
“- Sejam firmes e disciplinados. Dedicação e obediência em primeiro lugar” – finalizou.

Fonte: http://apitodobicudo.blogspot.com/
Escrito em Português do Brasil

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