GNR e ex-dirigente de Clube condenados por tentativa de corrupção

O tribunal de Vila Real condenou, com penas de multa, um ex- -dirigente do Colmeia (Montalegre) e um militar da GNR por co-autoria de um crime de corrupção na forma tentada. O tribunal vilarrealense deu assim como provado que, intermediado pelo militar, o dirigente desportivo terá tentado comprar um árbitro que ia apitar uma partida entre o seu clube e outra equipa.



O caso remonta a Janeiro de 2009, altura em que Pedro Carvalho, então dirigente do Associação Desportiva e Cultural A Colmeia, sedeada no Barracão, Montalegre, foi surpreendido pela PJ de Vila Real a entregar 150 euros ao árbitro que, no dia seguinte, iria apitar o jogo entre a equipa barrosã e o Régua B, ambas da Primeira Divisão Distrital da Associação de Futebol de Vila Real. A “compra” do juiz da partida terá sido intermediada por um GNR, também árbitro, Emanuel Fernandes. E o caso foi denunciado à PJ pelo próprio árbitro, que, depois de ter sido aliciado, terá passado a colaborar com a judiciária. No entanto, de acordo com a Lusa, o Tribunal invalidou este meio de prova, bem como o das escutas telefónicas. Os únicos meios de prova considerados foram os documentais e os produzidos pelas testemunhas. Terá sido, aliás, por essa razão, que apesar de estarem acusados do crime de corrupção activa desportiva, os dois arguidos acabaram apenas condenados pelo crime de corrupção na forma tentada.

Quanto às multas aplicadas, o Tribunal justificou o montante mais elevado aplicado ao militar, 1.200 euros, com a sua “dupla responsabilidade”, resultante da sua actividade profissional, tanto como guarda como de árbitro. Pedro Carvalho terá que pagar uma multa de 720 euros.

Em termos internos, o militar foi igualmente alvo de um processo disciplinar. No entanto, segundo disse à Lusa o Comando Territorial da GNR de Vila Real, só deverá haver decisão depois de conhecido o resultado definitivo do tribunal.

Fonte: Semanário Transmontano

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