Pedro Proença está-se "a marimbar para se Benfica ganha ou perde"

O árbitro Pedro Proença diz que apita "como uma criança que vê um palhaço". "Aquilo que vejo é aquilo que marco", assegura o juiz em entrevista ao jornal O Jogo, notando que "antes de ter uma convicção clubista, política ou religiosa" é "árbitro".

Na conversa com o jornal desportivo Proença assume que é benfiquista por influência da "tradição familiar", notando que ia com o pai "ver todos os jogos à Luz". Todavia, "com todo o respeito, estou-me completamente a marimbar para se o Benfica ganha ou perde enquanto for árbitro", assegura. "Eu quero é que, no dia seguinte, as pessoas falem pouco de mim", acrescenta, lamentando que "quem critica não sabe o que é o 'day-after' de um árbitro que sabe que errou".

Proença revela também que José Mourinho e Carlos Brito lhe "telefonaram após a agressão" que sofreu no Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Sobre o incidente lamenta que "isto não é o futebol" e aponta que "estes animais não podem entrar num estádio", garantindo que irá "até às últimas consequências". O árbitro conta que a agressão resultou em dois dentes partidos e em outros dois fraturados, queixando-se de "algumas complicações" e realçando que vai ainda ter que sujeitar-se a "uma intervenção cirúrgica". "E tudo do meu bolso", sublinha, evidenciando que vai gastar "bem mais" do que 5 mil euros.



Na entrevista ao O Jogo Proença refere-se também às "limitações dos árbitros, manifestando que é "acérrimo defensor da introdução dos meios tecnológicos". "Se recuarmos uma década, não tínhamos, por exemplo, um canal só de desporto, hoje há um escrutínio inacreditável e nós temos os mesmos elementos para decidir de há 10 anos", queixa-se.

O árbitro de Lisboa confessa ainda que o colega de apito Duarte Gomes é o seu melhor amigo. "Somos cúmplices em muita coisa", diz.



Fonte: Relvado

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