Árbitros podem ser proibidos de utilizar o "spray" de marcação de livres e barreiras

Dois argentinos reclamam a patente do "spray" e acusam a FIFA de não reconhecer a autoria da criação do sistema.
Os árbitros podem ser obrigados a deixar de utilizar o "spray" no futebol, devido a uma providência cautelar contra a FIFA, a decorrer no Rio de Janeiro.
Os reponsáveis por esta ação judicial são dois argentinos: Pablo Silva, jornalista, e Heine Allemagne, mineiro, que reclamam os direitos de criação da tecnologia, e acusam a FIFA de "não reconhecer a autoria da invenção".
Em declarações à ESPN, o jornalista argentino admite que "tentou chegar a um acordo pacífico com a FIFA", mas decidiram avançar para o processo judicial. 

O tribunal do Rio de Janeiro reconheceu, numa primeira instância, que Silva e Allemagne são proprietários da patente da tecnologia em 44 países e que a FIFA produziu o "spray" de forma ilegal.
A decisão ditou ainda a proibição da utilização do mecanismo e estabeleceu uma multa de 13 mil euros por cada jogo em que o equipamento foi utilizado. A FIFA já recorreu entretanto da decisão.
Para que serve o "spray"?
Apesar de ter sido alvo de várias paródias aquando da sua integração no futebol, em 2014, a realidade é que a sua utilização resolve um problema no futebol, e é atualmente utilizado em praticamente todas as ligas do mundo.
O "spray" é usado pelos árbitros para assinalar o local de marcação de uma falta e de formação da barreira, solucionando o problema da barreira propositadamente não estar à distância permitida, como uma estratégia da equipa adversária para reduzir o perigo do lance.
"Desenvolvemos uma medida que pode decidir um Mundial. Trouxemos o sistema que acaba com um grande problema. É justo que paguem por ele, e que o reconheçam", disse Pablo Silva.
O desfecho do caso ainda não é conhecido, mas os árbitros podem mesmo estar perto de dizer adeus ao "spray" que carregam à cintura em todos os jogos.

Fonte: Renascença

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