Collina analisa impacto do VAR no mundial da Rússia

Pierluigi Collina, líder da arbitragem no Mundial da Rússia
Um mês se passou desde o fim da Copa do Mundo. E para fazer um balanço do sucesso (ou não) da arbitragem no Mundial, o jornalista Gabriele Marcotti, do ESPN FC norte-americano, fez uma entrevista exclusiva com Pierluigi Collina, chefe do departamento de arbitragem da Fifa e presidente da comissão de árbitros na Rússia.
O VAR foi tema central da conversa. Para Collina, uma das frustrações com a nova ferramenta foi que, às vezes, não ficava claro quando ela intervinha na jogada, além de não ficar claro o que estava sendo revisado.
Ele garantiu, porém, que o VAR estava sempre sendo assistindo. "Basta ver a quantidade de 'verificações silenciosas' (quando o VAR analisa a jogada e não julga necessário pedir uma revisão no campo). Além disso, a comunicação é importante e eu creio que nós demos um grande passo na Rússia com os avisos nos telões presentes no estádio e nas televisões. É direito do povo saber o que está acontecendo".
Na final da Copa do Mundo, aconteceu o pênalti a favor da França em função do Ivan Perisic ter colocado a mão na bola. A penalidade foi marcada apenas depois que o árbitro Nestor Pistana foi notificado pelo VAR, que requisitou uma revisão no campo. "Eu entendo que o lance é interpretativo, mas com certeza não pareceu ser um erro crasso", disse.
Indagado sobre outros benefícios que o VAR teria levado ao Mundial, o chefe de arbitragem da Fifa concordou que os jogadores passaram a reclamar menos e completou:
"Também acho que destruiu a teoria daqueles que acreditavam que as revisões iriam atrasar e deixar a partida lenta. Os jogadores estão aceitando muito bem o VAR. Mas, o mais importante, é a 'desestimulacão'. E não acho que é coincidência que tivemos mais gols de bola parada e menos problemas fora do lance. Sabendo que você está sendo vigiado a todo momento faz com que sua atitude seja diferente".
Analistas de desempenho e preparo físico
Além de destacar os ganhos trazidos pelo VAR, Pierluigi Collina também enfatizou outros pontos positivos que contribuíram para um menor número de polêmicas e maior sucesso da arbitragem na Copa.
"Muitas coisas nos ajudaram tremendamente. Para começar, árbitros são atletas também. Então, tivemos um time médico dedicado e fisioterapeutas dando suporte a eles durante todo o torneio, principalmente na recuperação rápida de lesões menores", contou.
Collina também revelou que analistas e técnicos profissionais ajudaram os juízes a estudar e analisar os times e perfis dos jogadores: "A ideia foi dar aos árbitros uma chance de entenderem melhor como o jogo é taticamente e como pode se desenrolar. Isso é uma grande vantagem para eles, porque significa que podem antecipar situações".
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Fonte: ESPN BRASIL
Nota: Texto escrito em português do Brasil



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