Trabalho académico: "Stress físico do árbitro de futebol no jogo"

Numa das nossas "viagens" pela web, encontrámos um trabalho académico da Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física Universidade do Porto, realizado no ano de 2002, intitulado "Stress físico do árbitro de futebol no jogo". Este estudo, que decidimos aqui divulgar, é da autoria de A. Rebelo, S. Silva, N. Pereira , J. Soares e resume-se da seguinte forma:

Só conhecendo com rigor as exigências que se colocam ao árbitro em jogo poderemos programar correctamente o seu treino. No presente trabalho caracterizou-se a actividade física realizada por árbitros portugueses em jogos de futebol da Primeira Liga e avaliou-se o respectivo impacto fisiológico. Constituíram a amostra deste trabalho 8 árbitros de futebol (37 ± 6,6 anos) pertencentes à 1ª Categoria Nacional.
O árbitro de futebol gasta mais de 60% do tempo de jogo em actividades de baixa a média intensidade (marcha: 33.4%; trote: 25,9%; corrida média: 3,4%) o que corresponde a cerca de uma hora. A frequência cardíaca média em jogo é de 150±21.9 bat.min-1, o que corresponderá a cerca de 82% da FC máx. O árbitro realiza num jogo 10 a 15 sprints de 4 segundos.
As principais conclusões deste estudo com repercussões para o treino do árbitro de futebol são as seguintes: (i) os sprints devem ter uma duração inferior a 6 segundos (± 30 metros) (ii) dado serem as capacidades velocidade e resistência duas das capacidades motoras mais solicitadas em jogo, na avaliação física do árbitros aconselha-se a utilização de um teste de velocidade (ex. velocidade aos 30 metros) e de um teste de resistência intermitente (ex. Yo-Yo endurance intermittent test).

Consulte aqui o trabalho completo.

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