Errar não é crime. É uma faceta do ser humano...




por: Valter F. Mariano*

A sociedade futebolística tem por obrigação compreender que o árbitro é um ser humano e como tal cometerá erros durante as partidas.
O árbitro por sua vez deve assimilar os erros e ao reconhecê-los, deve respirar e ter calma, analisar e procurar não cometê-los mais. Nunca compensar uma equipa prejudicada com uma inversão ou criar uma situação favorável. Se o fizer, estará duplicando o seu erro e diminuindo sua autoridade e credibilidade.
Tomada uma decisão, o árbitro não deve voltar atrás se certo de sua justiça. Se perceber que a sua decisão não está correcta ou se for avisado por um membro da equipa de arbitragem que está cometendo um erro, tendo a partida não sido ainda reiniciada, poderá voltar atrás na sua decisão inicial. Se assim fizer, não é desmoralizante esta sua atitude mas sim um acto de humildade e justiça.
O árbitro deve estar plenamente focado na partida para que a margem de erros seja mínima. Errar uma vez e voltar atrás, normal. Errar pela segunda vez e voltar atrás, ainda pode ser considerado normal. Agora, errar pela terceira vez e voltar atrás, passar a imagem de um árbitro frágil e sem personalidade, os jogadores irão perceber esta fragilidade e irão tirar proveito fazendo do árbitro um fantoche, os treinadores também vão aproveitar para reclamar das decisões quando não favoráveis, sem contar a torcida que irá exercer uma forte pressão sobre a arbitragem para pender em favor da sua equipa.
O árbitro deve ser compreensivo e inteligente para assumir e assimilar o erro, fazer dele uma lição, e em onutra situação semelhante não o cometer novamente. Afinal, quem nunca errou?

* Valter Ferreira Mariano, 40 anos, residente na cidade de Campinas/SP - Brasil. Árbitro Assistente da Federação Paulista de Futebol
Formado pela Escola de Arbitragem jornalista Flávio Iazzetti da Federação Paulista de Futebol em 1996/1997 e pela Escola Arbitragem Marco Antônio Ribeiro, entidade ligada a Associação Campineira dos Árbitros de Futebol – ACAF, em 1996.
Colunista de arbitragem, onde escreve sobre a dinâmica de arbitrar uma partida, seus conceitos e ética, suas leis e principalmente do espírito deste esporte chamado futebol.


Nota: Para o amigo Valter um abraço e uma palavra de agradecimento!

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