Paulo Paraty "Valeu a pena - está a valer a pena!"

Paulo Paraty pousa domingo o apito.
Em Braga, na cidade onde vive e onde nasceram os seus filhos. O árbitro do círculo portuense está consciente da emoção que vai suceder sobretudo ao último apito. "Mas vou preparar este jogo como todos os outros", disse ao Record Internet. Um jogo que é a sua 222.ª partida na Liga principal.
Joaquim Paulo Paraty iniciou a sua actividade como árbitro em 1981 e dez anos depois ascendeu à 1.ª categoria, onde se manteve até hoje. É árbitro internacional e fez cerca de 50 jogos a este nível, tendo apitado a final da Taça de Portugal de1997, disputada por Benfica e Boavista."Valeu a pena embora não tenha tido tempo para desmentir as muitas falsidades que foram ditas a meu respeito e esse é o lado mais negativo do meu percurso. Digo mais, não valeu a pena - está a valer a pena", sublinha. "Quero ser conhecido como um árbitro que serviu a arbitragem e que nunca se serviu dela, por alguém que esteve sempre nos limites", refere ainda.
Paulo Paraty não põe de lado a possibilidade de continuar na arbitragem na condição de dirigente. Aliás, até já o é, na qualidade de presidente do Núcleo de Árbitro Francisco Guerra, no Porto."Poderei ser muita coisa se as pessoas entenderem que o devo ser e se tiver que acontecer quero manter o mesmo espírito, ou seja, quero servir o sector como servi até hoje", acrescenta quem fez a sua estreia na I Divisão num Farense-Famalicão, a 27 de Outubro de 1991.Mas embora ainda não esteja a pensar no momento da despedida, Paraty já começou a preparar os novos tempos. "Esta semana comprei seis livros pois finalmente vou tempo para me dedicar a um dos meus prazeres preferidos", revela. "A Arte da Guerra", de Sun Tzu é um deles.

in: Record

Comentários

Anónimo disse…
O Napoleão, dizem, também foi inspirado por este livro ("A arte da guerra"). Um livro de estratégia militar, que nos tempos modernos tem sido usado também por politicos, e economistas (e alguns treinadores desportistas, por exemplo Scolari). Que conquistas andará o Paulo a planear?
A teoria é, que se conheceres bem o teu inimigo e a ti próprio, nunca perderás uma batalha... mas, e se o teu inimigo se conhecer bem a si próprio e a ti (digamos, se o teu inimigo tiver lido Sun Tzu também)?

Ter (criar) inimigos não será, por si só, um acto de pura estupidês?

A minha frase favorita neste livro (capitulo primeiro):

"All warfare is based on deception."

(which excludes warfare- be it physical or psychological- as acceptable, no?)