Presidente da APAF critica critérios do Conselho de Disciplina da FPF

António Sérgio: «Não se pode misturar o trigo com o joio»
´Há que separar o trigo do joio, não se pode misturar árbitros que receberam coisas que não deviam com outros que receberam coisas dentro dos usos e costumes do futebol.´
É assim que António Sérgio, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, reage aos castigos aplicados pelo Conselho de Disciplina da FPF a alguns árbitros por falsificação do relatório de jogo, ou seja, por nele não terem referido prendas que receberam do Gondomar SC, na época de 2003/2004, ou que rejeitaram. ´O CD da FPF meteu todos os árbitros no mesmo saco´, reforçou o líder da APAF.´
Desde 2002 que a UEFA recomendou que os árbitros não recebessem prendas num valor superior a 150 euros mas a FPF só no passado dia 6 de Junho, três dias antes de serem conhecidos os castigos, fez publicar uma norma no seu site que limita as lembranças que os árbitros podem receber, sem que os próprios árbitros tivessem sido notificados de tal´, sublinhou, perplexo com esta norma depois de nunca nos cursos de formação de árbitros - alguns dos quais contaram com a presença do presidente do CD da FPF, Arnaldo Marques da Silva - ter sido aflorada esta questão.´
Estamos a falar de ofertas que penalizam os árbitros e que podem ser comparadas com as ofertas que a FPF faz aos árbitros que apitam os jogos internacionais de Portugal´, desabafa. ´Mais uma vez se demonstra que os árbitros são o parente pobre do nosso futebol´, conclui.

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