Árbitros provocam "evasão" de presidiários

Um dia diferente e especial sobretudo para os presidiários do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira. No relvado da Mata Real, o menos importante foi o resultado (5-0 para a equipa da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol). Repetiu-se este ano um convívio desta vez proporcionado por uma equipa formada por alguns árbitros de 1.ª categoria: Rui Silva, Augusto Duarte, Artur Soares Dias. Cosme Machado e Paulo Paraty. Augusto Duarte foi revelação a defesa-central, comandando toda a equipa, Soares Dias destacou-se como trinco e ponta-de-lança, Cosme Machado foi um defesa-direito e atacante e Paraty correu sempre mais que a bola. O jogo foi arbitrado por Francisco Ferreira, antigo árbitro de primeira, e não teve casos para além dos golos conseguidos pela equipa dos árbitros, onde alinharam ainda Carlos Pereira, Nuno Manso, André Vilaça, Rui Licínio, Miguel Sousa, Flávio Sousa, Joaquim Rincon e Pedro Paraty (árbitro interncional de futsal). A outra equipa foi capitaneada por Filipe, um dos envolvidos no caso "mea culpa" e um exemplo dentro da comunidade académica da prisão de Paços de Ferreira pois ali conseguiu concluir o curso de direito. Nesta equipa, o mais alegre era Tiago, que há seis anos não saia para além dos muros da prisão e que teve excepcionalmente este prémio por ser um excelente aluno. Aliás, a equipa da cadeia de Paços de Ferreira era formada apenas por reclusos com bom aproveitamento escolar, como nos referiu o responsável pedagógico Mário Meireles. Para os árbitros, o dia acabou com o convívio no restaurante "Sapo", em Penafiel, já com o antigo árbitro de primeira Cunha Antunes sem a sua fantasia de árabe que exibiu no relvado da Mata Real.

in: Record

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