Árbitros de competições profissionais em curso de avaliação

Os árbitros e auxiliares das duas competições profissionais vão ter, a 24 de Fevereiro em Leiria, um curso de avaliação e aperfeiçoamento, previsto no regulamento de arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
O curso, que inclui testes obrigatórios físicos e escritos para os 25 árbitros e 52 árbitros assistentes, será ministrado por preparadores físicos, técnicos de arbitragem – todos ex-árbitros de primeira categoria – e um psicólogo.
De acordo com o regulamento de arbitragem em vigor, os árbitros devem frequentar os cursos, que se realizam no início, no meio, e no fim da época, bem como numa reunião intermédia de trabalho teórico e reflexão.
Numa altura em que a arbitragem portuguesa vive momentos conturbados, com "casos" em muitos dos jogos da Liga, o antigo árbitro internacional José Leirós discorda do modelo adoptado para os cursos.
Segundo José Leirós, "na década de 80 e 90 os cursos tinham utilidade para os árbitros", numa altura em que eram ministrados pela Comissão de Apoio Técnico da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
"Neste momento, os cursos são ministrados por Vítor Pereira (presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP), por dois elementos da comissão e alguns assessores nomeados", afirmou Leirós à Agência Lusa, acrescentando que "a estrutura da arbitragem não está bem pensada".
De acordo com José Leirós, "quando a a Comissão de Apoio Técnico da federação ia aos cursos da LPFP os erros dos árbitros eram analisados", algo que "não sucede agora porque o presidente dos árbitros está distante".
O antigo árbitro considera que actualmente os cursos tem pouca utilidade: "Não me parece que os cursos de formação tenham mais alguma finalidade além dos testes e de algumas recomendações".
Ao abrigo de um protocolo, a FPF delegou na LPFP a responsabilidade da arbitragem nas duas competições profissionais de futebol.

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