Tomada de posse dos Corpos Socias da APAF

Os novos corpos gerentes da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), representados por 13 distritos de Portugal, foram empossados hoje, na sede da FPF, em Lisboa.
Acompanham o presidente, Luís Guilherme, no elenco directivo eleito em lista única, os árbitros FIFA Lucílio Baptista (Setúbal), Olegário Benquerença (Leiria), Pedro Prioença (Lisboa), Carlos Xistra (Castelo Branco), Bruno Paixão (Setúbal), Duarte Gomes (Lisboa) e Paulo Costa (Porto).
O novo líder da APAF defendeu o desejo de "ter uma arbitragem autónoma" e vincou que o organismo "não deixará de lutar pela credibilização" do futebol português.
Luís Guilherme, que hoje foi conduzido na presidência da estrutura representativa dos árbitros de futebol até 2010, frisou que a APAF vai "continuar a trabalhar" para ter um Conselho de Arbitragem (CA) único e autónomo, no seio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), frisando que "só com a autonomia a arbitragem será melhor no futuro".
"Naturalmente que não depende só de nós a autonomia na arbitragem. Depende da alteração de regulamentos, da vontade da Assembleia Geral da FPF e de alterações nos diplomas legais", observou, considerando que se trata de "um processo que nunca está acabado" e que "nunca parou", mas "estava um pouco adormecido".
"Desejamos que a constituição, competência e funcionamento do novo CA possa merecer, em sede de revisão estatutária, uma atenção muito especial, para que o seu funcionamento seja activo e eficaz, rompendo totalmente com esta última experiência. Esta matéria tem para nós uma extrema importância, para deixarmos de ter o actual modelo de CA bicefálo, com o poder claramente dividido entre a FPF e a Liga", disse.
O presidente da APAF referiu também que é objectivo da APAF "participar activamente na reestruturação do futebol" e frisou a aposta na formação e na mudança da imagem dos árbitros, além do aumento de associados e do acréscimo de apoio aos núcleos.
No entender de Luís Guilherme, o organismo pretende "investir forte num novo modelo de formação", tentando "obter a certificação para a APAF como entidade de formação", para "depois apresentar um plano à FPF e à secretaria de Estado da Juventude e do Desporto para toda a formação da arbitragem em Portugal, começando pela sua base e pelos quadros intermédios nacionais até ao topo".
"O nosso objectivo é inverter a forma de formar árbitros. Apesar do investimento reduzido que é feito não conseguimos que os novos árbitros se fixem. Mais de 50 por cento dos árbitros abandonam no final do primeiro ano e temos cerca de 3.000 árbitros para uma necessidade real de para aí 8.000", lamentou.

in: Lusa

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