O presidente da Comissão da Arbitragem da Liga, Vítor Pereira, anunciou que o pior está para vir com o Natal.
O dirigente foi questionado sobre o facto de ter havido uma melhoria nas arbitragens, como o próprio disse, mas que, no final da liga, as coisas podiam ser diferentes. Referindo-se ao último terço do campeonato, Vítor Pereira baseou-se na estatística e esclareceu: «Ao contrário do que se diz, as últimas quatro jornadas do campeonato costumam ser as mais tranquilas.»
O presidente do CA continuou e alertou para o que vem aí. «O período mais complicado é o Natal, é o próximo, porque define, muitas vezes a classificação», disse. «Mas estamos a trabalhar para sermos mais eficazes», sublinhou.
Outras questões foram colocadas a Vítor Pereira, como, por exemplo, se os árbitros se sentem «usados» quando as equipas usam os cartões amarelos como gestão da equipa. Ou seja, quando um futebolista vê um cartão de propósito para falhar determinado jogo e, assim, estar disponível para os seguintes. «Entendo a questão, mas a única coisa que se tem de fazer é cumprir a Lei», considerou.
«A Comissão de Arbitragem está do lado dos treinadores»
Vítor Pereira foi colocado perante as queixas de alguns treinadores da Liga. Litos, do Portimonense, afirmou que se estava a puxar a equipa algarvia para baixo; Jorge Costa não gostou da arbitragem frente ao F.C. Porto e ao Portimonense, Manuel Machado disse que aquilo que se passou em Alvalade, nesta segunda-feira, não devia acontecer a nenhuma equipa em Portugal.
«Estamos a analisar mais de 50 jogos e, nalguns casos, os treinadores têm razão», começou por dizer o dirigente da arbitragem. «Da nossa parte, queremos o mesmo que Manuel Machado, mas, infelizmente, isso não é possível», prosseguiu. «É claro que nós compreendemos os treinadores, a Comissão de Arbitragem está do lado dos treinadores», finalizou, na generalidade, para depois falar sobre Litos.
«Conheço-o muito bem, fui formador dele e tenho uma grande admiração por ele, é uma jóia de pessoa, mas, por vezes, a quente, fala-se com o coração e menos com a cabeça», disse Vítor Pereira, que argumentou que as reuniões com os treinadores têm sido maior frequência.
Fonte: Mais Futebol
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