Vítor Pereira mantém vontade de fazer análises públicas


O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga foi fortemente criticado pelos outros representantes dos organismos ligados aos árbitros - o Conselho de Arbitragem da FPF (Carlos Esteves) e a APAF (Luís Guilherme).


O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, Vítor Pereira, garantiu hoje, em declarações à Agência Lusa, que «vai continuar a efectuar publicamente análises periódicas sobre o trabalho das arbitragens» na Ligas principal e de Honra.
«Vou manter o rumo que está traçado», disse Vítor Pereira, quando questionado se iria prosseguir com as conferências de imprensa periódicas para analisar em público o trabalho dos árbitros que dirigem jogos das duas ligas profissionais.

Confrontado com o mal-estar que estas suas iniciativas estão a provocar entre os árbitros, Vítor Pereira refugiou-se no argumento de que se trata de um assunto que «deve ser discutido no seio da sua equipa e dos árbitros».

O presidente da Comissão de Arbitragem escusou-se a comentar a chuva de críticas que sobre ele desabou depois da terceira conferência de imprensa que concedeu na terça-feira, designadamente por parte do presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Carlos Esteves, e do presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luís Guilherme.

O primeiro referiu que os árbitros «estavam a ser expostos» e que tais esclarecimentos públicos «não eram benéficos», tanto mais que Vítor Pereira, tendo já sido árbitro, «também não gostaria que lhe fizessem o mesmo».

Carlos Esteves foi mesmo mais longe, ao referir que a UEFA «é contra» este procedimento e que «poderá vir a tomar uma posição» face ao presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, o qual «já desempenhou funções no comité de arbitragem da UEFA».

Já Luís Guilherme entende que «as regras devem ser claras e definidas no início da época e não quando há incidentes e que devem ser preparadas no seio da arbitragem, com os árbitros».

O presidente da APAF considera ainda que este procedimento de Vítor Pereira «não pode servir para "‘derreter’ as pessoas na praça pública» e que «não está a ser bem recebido no seio dos árbitros».

Fonte: Mais Futebol

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