10 Questões a... Rui Patrício


O site de arbitragem RefereeTip.com e o site institucional da APAF - Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol possuem uma parceria online intitulada “10 Questões a…”.

Nesta rubrica, comum aos dois websites, convidamos semanalmente uma personalidade a responder a 10 questões relacionadas com a arbitragem.


Árbitro de 2ª Categoria Nacional, da AF Aveiro, Rui Patrício é um jovem árbitro que, para além do seu trabalho no terreno de jogo, tem também participação activa no desenvolvimento e promoção da causa da arbitragem, sendo actualmente o presidente da direcção do Núcleo de Árbitros de Anadia. 

RUI PATRÍCIO
1. O que te fez entrar para a arbitragem?
R: - Eu tirei o curso em 1999 e na altura foi mais para fazer a “vontade” ao meu pai, que na altura apitava, do que realmente o querer tirar o curso. Longe de mim imaginar que iria realmente gostar assim tanto e abraçar a causa com o gosto que tenho. Hoje dou o valor a esse pequeno gesto.


2. Quais os momentos mais marcantes, pela positiva e pela negativa, que já viveste como árbitro?
R: - Sobre os momentos negativos não posso deixar de me lembrar de duas situações muito complicadas com adeptos de clubes após os jogos… situações de violência que não deveriam acontecer no futebol, pois cada vez dá menos vontade de ir ver um jogo.
Pela positiva guardo com muito carinho as muitas e boas amizades que vou fazendo com o decorrer do tempo; A subida à 2ª Divisão, tendo sido 1º classificado, foi de uma alegria imensa.


3. Quais os teus objectivos de carreira?
R: - Os objectivos penso que serão os que todos os Árbitros e Árbitros Assistentes ambicionam… O de chegar ao 1º escalão…. Apesar que todas as épocas e mesmo durante o decorrer das épocas os objectivos poderão ter de ser reestruturados consoante os resultados obtidos.


4. Quem são/foram as tuas referências na arbitragem?
R: - Apesar de gostar do estilo e maneira de apitar e de estar de vários Árbitros, tentei sempre criar a minha própria imagem. Mas penso que os nossos primeiros chefes de equipa nos marcam. E para esses dois o meu muito obrigado (Armindo Marques e Fernando Martins).


5. Quais são, a teu ver, as grandes áreas de intervenção dos Núcleos de Árbitros?
R: - Os Núcleos de Árbitros deverão, essencialmente, estar movidos pela vocação de “FORMAREM”, não só de novos árbitros mas também daqueles já em actividade, mas também deverão promover o convívio, a amizade e a confraternização entre os seus membros e respectivas famílias, mediante a prática regular de actividades de natureza técnica, cultural, recreativa e desportiva.
Resumindo: Os Núcleos de Árbitros deverão ser uma base para a valorização técnica e social dos seus associados.


6. E quais as tuas prioridades enquanto presidente da direcção de um Núcleo recém-formado?
R: - Enquanto presidente do Núcleo de Árbitros de Anadia tenho os objectivos atrás citados. No entanto, e como o Núcleo acabou agora de ser formado, tenho como primeiro passo conseguir uma sede social e dotá-la das condições mínimas para que seja frequentada pelos nossos associados. Para isso temos que realçar a colaboração da Câmara Municipal de Anadia e a Junta de Freguesia de Arcos, nas pessoas dos seus presidentes. Posso afirmar que está tudo bem encaminhado para que tal aconteça muito brevemente.
Ainda neste ano, a direcção do Núcleo está a pensar levar a efeito um Fórum sobre a importância dos Núcleos na arbitragem em Portugal.

7. Não seria obrigação das Associações, Federação ou APAF, coordenarem esta formação mais regular que os árbitros recebem nos núcleos?
R: - Aqui no distrito de Aveiro é o Conselho de Arbitragem (e a sua Comissão Técnica) que assume as linhas orientadoras na formação, tanto dos novos árbitros como aos já existentes. No entanto cada Núcleo dá depois o seu cunho pessoal.
A direcção deste Núcleo defende que deveria ser, preferencialmente, a APAF a coordenador todo o processo de formação para que a arbitragem nacional pudesse seguir um rumo ainda mais uniforme.


8. Os Núcleos e a APAF têm uma ligação histórica de apoio mútuo. Actualmente, o que está bem nesta relação e o que deveria ser melhorado/modificado?
R: - Talvez fosse bom estabelecer uma rede para que assim não houvesse, por vezes, lacunas ou hiatos nessa ligação. Todos os Núcleos estariam, desta forma, sintonizados com a sede da APAF, actualizados e em permanente contacto.


9. Grandes mudanças se avizinham no que respeita à gestão da arbitragem nacional. Qual o perfil que traças para o líder de um conselho de arbitragem único (Liga e FPF)?
R: - Nesse futuro conselho de arbitragem único o seu presidente deveria ser uma pessoa com uma cultura geral (não só desportiva) acima da média, séria e que tenha sido árbitro (não será muito importante que tenha sido internacional).


10. Que questão nunca te colocaram mas à qual gostarias de responder?
R: - Não existe nenhuma pergunta em particular :-)


O RefereeTip agradece a disponibilidade demonstrada pelo Rui em cooperar com a rubrica "10 Questões a...".

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