Programa de mentores aponta ao topo

Aproveitar ao máximo o ensino dos peritos disponibilizado no programa de talentos e mentores de árbitros da UEFA foi o pedido feito à nova geração de juízes promissores.
Durante a realização de um curso, a UEFA pediu a um grupo de jovens árbitros e árbitros-assistentes em ascensão que cheguem ao topo, sendo que para tal recebem todos os dias o auxílio do organismo do futebol europeu de modo a cumprirem essa ambição.
Os árbitros estiveram presentes na sede da UEFA, em Nyon, para o mais recente curso de talentos e mentores, no qual jovens árbitros promissores recebem a tutela de antigos árbitros internacionais. Sessões práticas, debates e um teste físico fizeram parte da agenda.
Os árbitros e árbitros-assistentes – os talentos – são acolhidos por mentores experientes, também eles antigos árbitros internacionais com muitos anos de experiência. Os mentores permanecem em contacto permanente com os seus homólogos mais novos, por e-mail ou telefone, e visitando-os ou convidando-os a deslocarem-se aos respectivos países. As suas conversas centram-se nas exibições em campo, bem como sobre outros assuntos, como alimentação e conduta em geral.
A UEFA deu-se ao trabalho de enfatizar a oportunidade que os jovens árbitros dispõem para progredir na carreira. "Aproveitem esta ocasião, aproveitem-na bem", disse o vice-presidente da UEFA e presidente do Comité de Arbitragem do organismo, Ángel María Villar Llona, aos participantes. "Muitos dos árbitros que dirigiram finais de clubes e selecções passaram por este programa." Agradeceu igualmente aos mentores pelo trabalho dedicado que estão a realizar para preservar a qualidade da arbitragem na Europa para o futuro.
"Lembrem-se que Howard Webb esteve sentado onde vocês estão agora", disse o membro do Comité de Arbitragem, David Elleray, a propósito do árbitro inglês que na época passada dirigiu as finais do Campeonato do Mundo e da UEFA Champions League, depois de ter participado no programa de talentos e mentores.
Os árbitros foram aconselhados a mostram coragem no processo de decisão e na gestão dos acontecimentos dentro de campo, com cooperação eficiente entre árbitro principal e assistentes, enquanto disciplina e concentração também são aspectos-chave da sua tarefa – bem como adoptar a atitude certa. "Estão dispostos a correr sacrifícios?", questionou Elleray. "Estão preparados para enfrentar as coisas boas e as más? Estão receptivos às críticas? Estão preparados para trabalhar muito e aprender? Se a resposta é afirmativa, então a UEFA vai apoiá-los."
A UEFA transmitiu uma série de conselhos valiosos aos árbitros sobre a necessidade de uma perspectiva positiva, serenidade na tomada de decisões, preparação meticulosa e atenção ao detalhe, mantendo uma confiança elevada, bons índices físicos e de saúde e possuindo a crença neles próprios de que podem atingir uma carreira de sucesso na arbitragem. "É preciso talento para dirigir talento", afirmou o director-técnico da UEFA, Andy Roxburgh.
Tal como os melhores jogadores são mentalmente fortes, também os árbitros devem ter uma mentalidade vencedora. "As coisas vão correr mal, mas serão capazes de recuperar?", disse Roxburgh. "Têm o potencial – podem cumprir a promessa e serem os vencedores que desejam? Por vezes o futebol pode ser como uma praça de touros, com um ambiente hostil. Têm a coragem para estar nessa arena e a capacidade para tomarem decisões fulcrais?".

Fonte: UEFA

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