Entrevista - SuperTaça Europeia é motivo de orgulho para Kuipers

"Vou sentir um grande orgulho e pensar como é fantástico estar aqui", comentou o árbitro Björn Kuipers ao antecipar a entrada em campo para dirigir o encontro desta sexta-feira entre o Barcelona e o FC Porto.

O árbitro holandês Björn Kuipers não esconde que sente orgulho por aquilo que conseguiu e confiança nas suas capacidades para dirigir o encontro da SuperTaça Europeia, entre o FC Barcelona, detentor da UEFA Champions League, e o FC Porto, vencedor da UEFA Europa League, marcado para esta sexta-feira, no Stade Louis II, no Mónaco.

Kuipers vai ter a colaboração de uma equipa de compatriotas, os árbitros assistentes Erwin Zeinstra e Berry Simons, o quarto-árbitro Bas Nijhuis e os árbitros assistentes de baliza Richard Liesveld e Danny Makkelie.

"A nomeação para o encontro da SuperTaça Europeia foi uma surpresa maravilhosa, fiquei muito feliz", confessou Kuipers ao UEFA.com. "Quando alinhar com as equipas antes do jogo de sexta-feira, vou sentir um grande orgulho e pensar como é fantástico estar aqui."

Proprietário de um supermercado, de 38 anos, que vem de Oldenzaal, no leste da Holanda, chegou a internacional em 2006 e atingiu um nível bastante elevado. No final da primeira época com as insígnias da UEFA dirigiu a final do Campeonato da Europa de Sub-17 de 2006 e repetiu a proeza no Europeu de Sub-21 de 2009.

Mais recentemente, o holandês arbitrou um encontro do “play-off”, dois jogos da fase de grupos e um desafio dos oitavos-de-final da UEFA Champions League de 2010/11, para além de três jogos da última edição da UEFA Europa League, incluindo um encontro da meia-final entre o FC Porto e o Villarreal CF. Kuipers também já dirigiu vários jogos importantes ao nível de clubes, mas o desafio de sexta-feira, no Mónaco, vai representar o ponto alto da carreira.

É também uma recompensa pela dedicação demonstrada desde que começou a arbitrar jogos aos 16 anos, depois de, como tantos árbitros, ter sido jogador de futebol. "O meu pai era árbitro", recordou, "nos meus tempos de jogador, eu sabia melhor as regras do que os árbitros! Foi então que o meu pai disse que se percebia tanto do assunto, devia tentar ser árbitro. Foi isso que fiz.”

"Nunca pensei em chegar a este nível, porque encarava a arbitragem como um passatempo, mas gosto de ser dos melhores em tudo aquilo em que me envolvo", acrescentou Kuipers, que é casado e pai de dois filhos - um rapaz de dois anos e uma menina de seis. "Nunca tive qualquer ídolo, mas aprecio o trabalho de vários árbitros e os diferentes estilos. Penso que não devemos imitar ninguém."

A concentração é um elemento essencial para qualquer árbitro e Kuipers considera que tem de estar com uma atenção total ao seu trabalho, desde o apito inicial até o final do encontro. "É muito importante acertar na primeira decisão de um encontro para ganhar confiança", explicou, "mas temos de estar atentos durante todo o jogo, não apenas no primeiro minuto. Neste nível, um árbitro pode fazer um excelente jogo e depois deitar tudo por terra com um erro no último minuto, por isso temos de estar concentrados durante todo o jogo."

O jogo de hoje vai ser o ponto alto da carreira de Kuipers e dos seus colegas, mas a profissão obriga a que abordem este desafio com o rigor habitual. "A nossa preparação será semelhante à dos outros jogos, somos profissionais, por isso este encontro não será excepção". A preparação inclui uma reunião da equipa antes da saída para o estádio. "Depois, quando chegarmos ao balneário, vamos estar descontraídos e bem-dispostos. Estaremos bem preparados para nos ajudarmos uns aos outros quando subirmos ao relvado."

Fonte: UEFA

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