«Não me foi proposto consenso mas sim lugares» - Vítor Pereira

Lidera a arbitragem da Liga desde 2006 e é agora candidato ao Conselho de Arbitragem da FPF. Com o apoio de Fernando Gomes. A colaboração da APAF é que não foi possível. Nada que o desmotive. Pelo contrário. Há sim uma oportunidade única de escolha entre dois projectos. É só fazer a comparação e votar. Simples, defende.

-Ser presidente da Comissão de Arbitragem da Liga é uma desvantagem na corrida eleitoral para o Conselho de Arbitragem da Federação?
-Não, antes pelo contrário. As pessoas que irão votar têm uma oportunidade única de comparar duas pessoas que lideraram a Arbitragem na Liga, uma de 2002 a 2006 e outra entre 2006 e 2011. É fazer uma retrospectiva e comparar quatro anos que culminaram com a ausência de árbitros portugueses no Mundial e com todas as situações que foram, porventura as mais desagradáveis que surgiram na arbitragem e depois o trabalho que foi desenvolvido até à data. 

- Que balanço faz desde 2006?
- Retomámos a representação da arbitragem portuguesa no Mundial-2010, fizemos um grande investimento na formação e apostámos num conjunto de jovens árbitros que estavam a iniciar-se na I categoria. E recordo que apanhámos um balneário completamente destroçado, com árbitros muito descontentes com o clima de desconfiança que se vivia.

- Luís Guilherme, o seu adversário, diz que o consenso só não foi possível porque Vítor Pereira não abdicou de uma pessoa...
- Sempre que há um divórcio nunca há responsabilidade só de um lado. E é mau que se culpe um dos lados e não se olhe para o espelho. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para uma lista de consenso. Mas o que se estava a propor não era consenso, eram pessoas, números de pessoas, lugares, lugares de vice-presidentes, eram seis lugares de um lado e seis lugares de outro, dando-me a possibilidade de ser presidente. Isto não é a forma como entendemos consensualizar programas, nem projectos. Estavam a propor-me pessoas que nem sequer conheço. Há muitas coisas que têm sido ditas no sentido de culpabilizar.

- Luís Guilherme diz que a lista dele é a da independência...
- É importante esclarecer que estes convites foram feitos quando só havia um candidato. Eu fiz uma selecção de pessoas da arbitragem, de várias sensibilidades, do norte, do centro e do sul, do litoral e do interior. Dirigentes da arbitragem e técnicos da arbitragem. Foi esse o único critério. Quando se diz lista da APAF, não é uma lista da APAF, porque tenho cinco dirigentes da APAF na minha lista, 5 em 19. E tenho 11 em 19, que são associados e os associados ainda hoje não foram ouvidos relativamente à possibilidade da associação assumir uma candidatura...


Fonte: A Bola

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