Arbitragem: Governo não se mete, mas pede «serenidade»



O secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, espera que os árbitros possam apitar com «serenidade e tranquilidade» os jogos que faltam do campeonato. É a consideração do governante à ameaça de paralisação dos juízes, caso não haja contenção verbal.

«O Governo está atento, observa e quer que haja tranquilidade e serenidade e que nas seis jornadas que faltam no nosso campeonato, disputadíssimo, sem paralelo, os árbitros tenham condições técnicas e psicológicas para exercerem as suas funções», afirmou.

Mesmo assim, o Governo «só interfere em matéria de arbitragem quando legisla», dado que «delega poderes públicos e transfere dinheiros públicos» e deixa a restante «autonomia» aos organismos responsáveis.

A arbitragem tem marcado a atualidade nos últimos dias e Alexandre Mestre recebeu, nesta segunda-feira, o presidente do Sporting, Godinho Lopes, para abordar o assunto. A audiência já foi criticada pelo antigo secretário de Estado, Laurentino Dias, que acusou o atual de «abrir um precedente perigosíssimo» com essa reunião.

Alexandre Mestre contra-argumentou justificando que nunca recusou uma audiência, para nenhuma das pastas que tutela. «Tenho recebido muitas pessoas, muitos clubes, muitas federações, coletividades, mas nem sempre há jornalistas», atirou.

E assim, aproveitou para deixar uma crítica ao antigo governante: «Deixar para os que vêm a seguir milhões para pagar é que é um precedente gravíssimo.» Isto, porque o atual Governo já pagou, desde julho de 2011, 6,7 milhões de euros de encargos assumidos e não pagos pelo anterior Governo, o que pode colocar em causa o orçamento deste ano.



Fonte: TVI 24

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