José Cardinal - De suspeito a vítima!



Paulo Pereira Cristovão suspendeu o mandato de vice-presidente do Sporting depois de ter sido constituído arguido no âmbito do «Caso Cardinal». Ao que a TVI apurou, o vice leonino está envolvido no depósito de dois mil euros na conta do árbitro auxiliar José Cardinal, que não é suspeito no processo. 

Pereira Cristovão, que também é ex-inspetor da Polícia Judiciária, é suspeito do crime de denúncia caluniosa qualificada e terá agido em colaboração com um funcionário da sua empresa e um outro colaborador, ambos considerados suspeitos. O processo conta assim com três arguidos, confirmou a TVI junto de fonte policial. 

Esta manhã inspectores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ realizaram 10 buscas em vários locais, entre os quais estão três residências particulares, quatro empresas e ainda a sede e estádio do Sporting. Nestas diligências, a PJ terá recolhido «prova abundante» que permitiu a constituição dos arguidos. 

TVI apurou que Paulo Pereira Cristovão estará envolvido no depósito de dois mil euros na conta de José Cardinal, que não é suspeito no processo e terá sido vítima de uma «armadilha». 

O depósito tinha o intuito de afastar o árbitro assistente do jogo dos quartos de final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Maritimo, mas José Cardinal alega não ter conhecimento do depósito.

O funcionário de Paulo Pereira Cristovão terá ido à Madeira depositar a quantia de dois mil euros na conta de José Cardinal, por indicação do ex-vice leonino.

A denuncia que deu início a este caso partiu de uma carta anónima e um talão de multibanco.

Contactado pela TVI, o procurador-geral da República confirma que recebeu o presidente da Federação portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que lhe comunicou a ocorrência de um eventual ilícito.

No final de 2011, Pinto Monteiro enviou a participação para o DIAP de Lisboa.

Rejeição de culpa

Paulo Pereira Cristóvão justificou o pedido de suspensão do seu mandato de vice-presidente do Sporting com os «superiores interesses», rejeitando, em comunicado enviado à agência Lusa, que este ato represente «assunção de culpa».

«Face ao ocorrido, entendi que, estando a minha honestidade pessoal, e enquanto dirigente, em causa, deveria apresentar, ao presidente do Conselho Diretivo, com efeitos imediatos, o meu pedido de suspensão do mandato como vice-presidente do Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal», afirmou Paulo Pereira Cristóvão. 

«Tal decisão não encerra qualquer assunção de culpa, antes pelo contrário, e deve-se única e exclusivamente, com aquilo que entendo serem os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal», salientou.



Fonte: TVI

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