«Jogadores deviam saber mais sobre leis do jogo», diz presidente da APAF


A decisão foi pouco habitual mas não inédita. Em setembro de 2013, jogou-se um Anadia-Lourosa, a contar para a terceira jornada da Série D do Campeonato Nacional de Seniores. Prestes a terminar a partida, uma altercação entre dois jogadores expulsos levou a que grande parte dos atletas se juntasse no túnel. O árbitro Henrique Paula, da AF Santarém, contou os que sobraram e decidiu: não havia jogadores suficientes para continuar a partida. 

«Efetivamente, o árbitro pode considerar que não tem condições para continuar o jogo. Seja por insegurança, desacatos entre as duas equipas ou lesões, que façam com que uma equipa não tenha os sete jogadores necessários para continuar o jogo. O árbitro fez bem, cumpriu o regulamento», comentou a A BOLA o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, José Gomes. 

A questão impõe-se: será que os jogadores sabiam que o jogo poderia ser terminado por falta de elementos necessários em campo? 

«Provavelmente não. Mas deviam saber. Isto serve de alerta. Este é um comportamento que não pode acontecer», diz. E completa: 

«Temos a noção de que os jogadores não seguem as regras à risca. Depois, as leis menos habituais acabam por ser esquecidas ou então nem sequer equacionadas.» 

Para José Gomes, o primeiro passo seria fazer cursos para ensinar todos os intervenientes do jogo. 

«Nos cursos de treinadores já existem aulas de arbitragem, que se deviam tornar mais regulares. Mesmo para os jogadores seria bom saberem mais sobre as leis de jogo. Em muitas situações, por exemplo certos protestos, não existiriam», acredita José Gomes.


Fonte: A Bola

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